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Intolerância à lactose ou alergia ao leite: qual a diferença?

Intolerância à lactose ou alergia ao leite? Descubra a diferença!

Embora o desconforto relacionado ao consumo do leite esteja presente em cerca de um terço da população brasileira, pouquíssimas pessoas buscam orientação médica para realizar o diagnóstico e entender se se trata de intolerância à lactose ou alergia ao leite. Mas você sabe qual é a diferença entre elas? Siga conosco e aprenda a distingui-las.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha em 2016 revelou que 35% dos entrevistados revelaram sentir algum grau de desconforto digestivo após o consumo de leite ou seus derivados, como queijos, iogurtes, dentre outros. 

Desta forma, as estimativas apontam que 3 a cada 10 brasileiros acima de 16 anos sofrem com tais desconfortos – o equivalente a 53 milhões de pessoas.

A pesquisa também mostrou que dentre as pessoas que apresentaram este desconforto gastrointestinal: 88,2% nunca procuraram por um diagnóstico médico assertivo; 4% relataram ter buscado ajuda médica; e apenas 1% confirmou possuir intolerância à lactose diagnosticada.

Isso demonstra que grande parte da população não reconhece o problema somente pelos sintomas, o que faz da intolerância à lactose uma condição amplamente subdiagnosticada no Brasil.

Outro ponto notável é a maior incidência em mulheres, que são responsáveis por 59% dos casos confirmados da intolerância.

A COMPOSIÇÃO DO LEITE

Para entendermos o que é a lactose, é importante apresentarmos primeiro a composição do leite de vaca integral que encontramos nos mercados. 

O leite é uma composição de diversos elementos sólidos em água. Estes elementos, que chamaremos de “extrato seco total” (EST), correspondem a cerca de 12,5% do leite, enquanto a água representa 87,5%.

Os principais elementos do EST são gorduras, carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas. A lactose, também conhecida como “o açúcar do leite”, é o principal carboidrato e representa aproximadamente 4,7% da composição do leite.

O QUE É A INTOLERÂNCIA À LACTOSE?

Quando ingerimos a lactose através dos produtos lácteos, ela é quebrada no nosso intestino delgado em dois açúcares menores chamados de galactose e glicose. Esses carboidratos são absorvidos e alcançam a corrente sanguínea para serem utilizados como fonte de energia pelas células.

A enzima responsável por realizar essa quebra é produzida na parede do nosso intestino delgado e se chama lactase. No entanto, quando há deficiência parcial ou total na sua produção, o açúcar do leite passa pelo intestino delgado sem ser digerido e alcança o intestino grosso (cólon), onde as bactérias presentes o metabolizam em gases, que são responsáveis pelos principais sintomas da intolerância à lactose.

Os sintomas mais comuns são cólicas, diarreia, flatulência, gases, inchaço abdominal e vômito. Geralmente aparecem cerca de 30 minutos após o consumo de produtos lácteos e podem variar a depender da quantidade de lactose ingerida – presente em maior quantidade no leite e em menor em seus derivados, idade da pessoa e nível de intolerância.

Existem 3 tipos clássicos de intolerância à lactose, cada uma com causas específicas:

  • Deficiência congênita: de caráter genético, ocorre quando a criança nasce sem condições de produzir a lactase. É uma forma rara, porém, crônica, que pode impedir o aleitamento materno exclusivo, de forma que o recém-nascido precisa ser alimentado com uma fórmula especial sem lactose para lactantes.
  • Deficiência primária, ou Hipolactasia: é a diminuição natural e progressiva da produção da lactase no intestino, que geralmente se inicia na adolescência ou fase adulta. É a forma mais comum e, assim como a congênita, também possui natureza genética, afetando pessoas com pré-disposição.
  • Deficiência secundária: ocorre quando a produção da lactase é afetada por outras doenças intestinais como a síndrome do intestino irritável, doença de Crohn, doença celíaca, diarreias ou alergia à proteína do leite de vaca (APLV), por exemplo. Somente neste caso a intolerância pode ser temporária e até desaparecer, se houver um tratamento efetivo da doença primária.

O QUE É A ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA?

Outro componente sólido do leite responsável por causar desconfortos gastrointestinais em algumas pessoas é a Caseína. Sendo a principal proteína do leite de vaca, ela representa cerca 3,5% de sua composição.

A caseína tem o potencial de desencadear uma reação alérgica naqueles que possuem alergia à proteína do leite de vaca, também conhecida pela sigla APLV. 

Essa alergia ocorre porque o sistema imunológico da pessoa com APLV reconhece a caseína como uma substância nociva e, para combatê-la, libera anticorpos na corrente sanguínea que causam inflamações, reações gastrointestinais, cutâneas, respiratórias e até sistêmicas.

A APLV é uma das alergias mais comuns em bebês e costuma aparecer antes do primeiro ano de vida. Estima-se que de 2 a 3% das crianças menores de 3 anos a possuem. Já a boa notícia é que existe a possibilidade de a criança deixar de sentir os sintomas dessa alergia após os 3 anos.

Os principais sintomas da alergia à caseína são apresentados na pele (coceira, descamação e vermelhidão); no sistema digestivo (cólicas, diarreia, intestino preso, regurgitação, sangue nas fezes e vômito); no sistema respiratório (chiado no peito e falta de ar); e no sistema nervoso (choques anafiláticos). 

A alergia é desencadeada após o consumo de leite e seus derivados, alimentos que contenham leite em sua formulação e até mesmo produtos não alimentícios que são feitos à base de leite como alguns hidratantes corporais e sabonetes.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE PRODUTOS “SEM LEITE” E “SEM LACTOSE”?

Para saber se um produto é sem leite ou sem lactose é necessário ler o rótulo da embalagem! Se não houver leite ou seus derivados na composição da lista de ingredientes do alimento, logo, não conterá lactose, nem caseína. Assim, este produto será apto para o consumo de pessoas intolerantes à lactose ou com alergia à proteína do leite de vaca.

No entanto, se o produto utilizar a chamada “sem lactose” ou “zero lactose” na embalagem, mas apresentar leite ou derivados na sua lista de ingredientes, então o mesmo será apto somente para o consumo dos intolerantes, já que a proteína caseína continuará presente e inalterada.

Isso ocorre pois durante o processo de industrialização do leite, ou de seus derivados, é possível realizar a quebra da lactose através da inserção da enzima lactase na formulação do produto.

Outra informação importante é que a quantidade de lactose varia entre os alimentos lácteos, pois quando estes são fermentados pela ação de bactérias ou ultra-aquecidos através de processos industriais, há uma diminuição considerável da lactose. Isso faz com que queijos, cremes e iogurtes sejam mais toleráveis.

Confira abaixo a porcentagem média de gramas de lactose no leite e derivados (g %):

  • Leite condensado – 12,3
  • Leite humano – 7,5
  • Leite de vaca –3,5 a 4,7
  • Coalhada – 3,9
  • Iogurte–3,8
  • Queijo cottage– 3,0
  • Queijo frescal–1,9
  • Requeijão –1,6
  • Queijo parmesão –1,0
  • Queijo muçarela – 0,1
  • Manteiga – apresenta pouquíssima lactose, pois ela é feita a partir da gordura do leite, não do açúcar.

DE OLHO NOS RÓTULOS

As resoluções RDC 135/2017 e RDC 136/2017 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são as primeiras a tratar sobre os alimentos para dietas com restrição de lactose, incluindo-os no regulamento de alimentos para fins especiais. 

Segundo as resoluções, os fabricantes de produtos destinados a dietas com restrição de lactose podem apresentar, em suas embalagens, a informação “isento de lactose”, “zero lactose”, “0% lactose”, “sem lactose”, ou “não contém lactose”, próxima à denominação de venda do alimento.

Para fazer tal declaração, é necessário que tais alimentos possuam quantidade de lactose igual ou inferior a 100 miligramas (mg) por 100 gramas (g) ou mililitros (ml) do alimento pronto para o consumo. Ou seja, é necessário que a lactose corresponda a 0,1% ou menos do produto.

Caso a quantidade de lactose no produto seja maior que 0,1%, o fabricante é obrigado a apresentar a informação “contém lactose” no rótulo, logo abaixo à lista de ingredientes.

Já a resolução RDC N° 26/2015 da Anvisa estabelece os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares, incluindo o leite de todas as espécies de animais mamíferos. 

Dessa forma, as indústrias têm a obrigação de informar no rótulo dos produtos se existe leite, derivados, ou traços de leite em sua composição. A informação sempre estará localizada após a lista de ingredientes, em caixa alta e negrito. Como neste exemplo: “ALÉRGICOS: CONTÉM LEITE”.

Se a informação não estiver clara, deixando margem para dúvidas, é sempre recomendável entrar em contato com o fabricante através do SAC para solicitar esclarecimentos.

INTOLERÂNCIA OU ALERGIA?

Para distinguirmos de uma vez por todas a alergia da intolerância, basta entender que a principal diferença consiste na substância do leite da qual elas decorrem. 

A intolerância está relacionada ao açúcar do leite, também conhecido como lactose. Enquanto a alergia tem relação com a proteína do leite – a caseína.

Intolerância à lactose ou alergia ao leite: qual a diferença?
Intolerância à lactose ou alergia ao leite: qual a diferença?

Por fim, é importante destacar que as pessoas com APLV devem consumir alimentos e bebidas livres de leite e seus derivados. Já os intolerantes à lactose podem consumir produtos lácteos, desde que os mesmos tenham passado por um processo de quebra da lactose.

A boa notícia para esses dois grupos é que todos os alimentos que nós fabricamos aqui na Grani Amici, além de muito saborosos, são livres de leite e lactose!

Assim, oferecemos a segurança que nossos consumidores intolerantes à lactose e alérgicos à proteína do leite de vaca merecem! Conheça nossos produtos!

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